Ansiedade e a Síndrome do Pânico
Do nada meu corpo recebe uma descarga elétrica que não consigo explicar, como se fosse uma tremedeira interna, que dispara o coração, me tira o chão e me gela o corpo. Assim me sinto numa crise de pânico.
A sensação que tenho é de morte eminente, mesmo sem nunca ter morrido. É como se fosse me faltar os sentidos, o ar, a vida. São minutos ou segundos que me parecem uma eternidade. E que quando passam me deixam a sensação de que fui atropelada por um caminhão sem placa. Como quem correu uma maratona sem nenhum preparo físico.
Mas menina, você não faz tratamento? Faço. Sigo a risca o que o médico me diz. Tento seguir os conselhos da minha terapeuta. E mesmo sabendo disso tudo, sabendo que a crise vai passar, sofro como se tivesse certeza que ela fosse eterna.
Conversando com muitas pessoas, lendo a respeito e pela minha experiência própria, cada vez mais me convenço que posso viver melhor mas que vou ter que conviver com a ansiedade para sempre. Não é fácil assumir isso, mas é melhor do que me enganar pensando o contrário.
Às vezes estou bem e basta um gatilho, uma situação que até já superei, mas ficou na minha mente ,um sopro de lembrança e pronto ela ataca novamente. Às vezes branda e às vezes na forma de uma crise de pânico desesperadora.
Me perguntam o que veio primeiro, minhas crises de pânico ou minha ansiedade. Aprendi que tudo faz parte do meu transtorno de ansiedade, meu pânico, minha insônia, meu pensamento acelerado, minhas falhas de memória, meu desanimo repentino… minhas crises.
Mas eu vou continuar lutando, e sempre vivendo um dia de cada vez… um vitória diária. E sabendo que não estou sozinha, tenho vocês para desabafar! Contem comigo também.
Abraços
Larissa
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