Ansiedade no trabalho
Recebi uma mensagem de uma seguidora me contando que perdeu uma vaga de emprego por que falou na entrevista que tinha Transtorno de Ansiedade. Enquanto existe toda uma campanha, na qual sou super favorável, para se falar mais sobre o assunto, conversar com as pessoas, se abrir, tratar como uma doença comum, sem entanto, nenhum pré conceito, ainda nos deparamos com esse tipo de situação.
Quando recebi a mensagem fiquei pensativa, por que estou no mercado de trabalho há muitos anos, tenho 26 anos de carreira e sempre fui diagnosticada com Transtorno de Ansiedade e Síndrome do Pânico, desde a época de faculdade, mas com quantas pessoas, no meu ambiente de trabalho, eu falei sobre isso?
Fato é, ser muito mais fácil você chegar um pouco atrasado ao trabalho por que teve uma consulta com um oftalmologista, do que avisar para o seu chefe que você se atrasou no psiquiatra.
Apesar de sempre afirmarmos que os transtornos da mente são doenças como outra qualquer, por que temos receio de falar sobre elas? Eu sei: por que muitas pessoas, ainda hoje, tem um entendimento errado dessas doenças.
Eu sempre fiz tratamento para ter uma qualidade de vida, e agradeço essa oportunidade e aceitação que tive, e me surpreendo positivamente a cada dia, em como a medicina evolui galopantemente. Os remédios, a terapia, tudo vem se desenvolvendo muito. Os remédios amenizam muito os sintomas e a terapia ajuda a tratar a causa. Como o remédio para a pressão alta, regula para baixo, claro, a pressão. Por isso sou uma entusiasta da evolução da ciência.
Mas se ainda, infelizmente, existe este pré-conceito, devo sair falando com todos a minha condição? Depende, e nessa hora a dica vale também para o cardíaco, hipertenso, diabético… se puder, é melhor que você fale apenas com as pessoas que podem te ajudar, que realmente se preocupam com você, que vão te ouvir sem julgamento (quantas pessoas você conhece que se enquadram aí?).
Dessa forma, fica mais fácil fazer o filtro de quem precisa saber… sua família, seus amigos, (sejam eles da rua, da escola, do trabalho, de infância)… pessoas que verdadeiramente se encontram nessas categorias.
Quem não vai agregar nada e só fazer julgamentos, não precisa saber nem que você teve um resfriado, muito menos os remédios que você toma.
Lembrando mais uma vez que não sou terapeuta, psiquiatra, sou uma ansiosa e economista nas horas vagas, e que pelos muitos anos de prática se arrisca em dar alguns palpites.
Abraços
Larissa
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